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Cresce produção de peixe comercial em Quilombo

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               A produção de peixe passou por uma transformação em Quilombo, com novos produtores e uma criação tecnificada. Em relação há sete anos, a piscicultura saiu de uma pífia produção de 20 toneladas para mais de 150 por ano.

O número estimado de piscicultores saiu dos 50 para mais de 200 em 2012. Trabalham de forma artesanal e comercial, com uma produção de mais de 400 mil peixes alojados.

Dados da Secretaria Municipal de Agricultura apontam para um total de 350 reservatórios localizados no interior do Município. Estima-se que 18 piscicultores trabalham em escala comercial e vendem a produção para frigoríficos da região e pesque-pagues.

Segundo o técnico agrícola, Ari Dalazen, as espécies de peixe mais produzidas são: tilápia, carpa e ket fish. O preço médio da comercialização da tilápia é de R$ 3,60 e da carpa R$ 3,50 ao quilo vivo. “Para o consumo familiar são produzidas outras espécies como: jundiá, tambaqui, trairá, pintado e dourado”, fala.

Segundo o médico veterinário, Vitor Gato, são organizadas, anualmente, em torno de sete feiras de peixe vivo na Praça Municipal de Quilombo. O valor do quilo da carpa vendido fica em média R$ 5,00.

 

Evolução

Uma das constatações para observar o crescimento da produção de peixe em Quilombo é o uso da tecnificação. Dalazen explica que os piscicultores começaram a investir na modernização dos reservatórios. Para melhorar a oxigenação na água passaram a comprar aeradores, equipamento usado para movimentar a água.

“Esse equipamento diminui a mortalidade e melhora o consumo da alimentação”, explica o técnico. Ele diz que com o uso do aerador é possível aumentar a lotação de peixes por metro quadrado, chegando até cindo por m². “Sem usar o aerador, o indicado é dois peixes por metro quadrado, no caso da produção de tilápia”, comenta o médico veterinário.

Para o piscicultor e presidente da Associação dos Piscicultores de Quilombo, Gilberto Kottwitz, o uso da tecnologia no reservatório ajuda a aumentar a produção. No caso dele, numa área de 2.100 m² foram inseridos 10 mil alevinos da espécie tilápia.

“A rentabilidade da produção de peixe é boa, num pequeno espaço de terra”, afirma o piscicultor. No primeiro lote vendido sobraram 48%, com o desconto do investimento inicial. Na etapa atual, pretende atingir lucros de 55 a 60% do valor comercializado. “Descontando o valor da compra de um aerador e um alimentador”, diz.

De acordo com Gato, o alimentador é outro equipamento que começa a ser adquirido pelos produtores para melhorar a distribuição da ração no reservatório. “Isso viabiliza um crescimento uniforme, ou seja, semelhante”, salienta o profissional.

 

Incentivos

Uma das razões para o aumento da produção pesqueira foi a implantação do Ministério da Aquicultura e Pesca. Quilombo foi beneficiado com duas escavadeiras hidráulicas.

Essas máquinas colaboraram para limpeza e abertura de novos reservatórios. Paralelo a esse trabalho, a equipe técnica da Secretaria de Agricultura repassa orientações sobre adubação, manutenção da qualidade da água, lotação de alevinos e capacidade de suporte de peixes por m² em área alagada.

Para a equipe técnica, o agricultor deve dispersar para o ganho da produção de peixe em um pequeno espaço de terra.

 

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